Friday, November 2, 2007


DE TARDE, NO CENTRAL PARK


Naquele piquenique de portugueses
Houve uma coisa simplesmente bela
E que, sem ser história universal ou portuguesa,
Pintou de lirismo a minha aguarela.

Foi quando tu, comia eu umas sandocas,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A uma caixa azul de papel brilhante
Um anel ingénuo cravado a diamante.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Perguntavas-me tu, inda o Sol se via;
a pergunta que eterniza os apaixonados
- Queres casar comigo?

Mas, todo púrpuro, em forma de prenda
Do meu coração saía ritmado de vida,
Por todo o supremo encanto da merenda,
O meu amor por ti rubro de alegria!


NOTA: Semi-plágio do poema de Cesário Verde “De tarde”